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RITA DE CÁSSIA DOS SANTOS MENEZES
( BRASIL - ESPIRITO SANTO )
A Acadêmica Rita de Cássia dos Santos Menezes é Mestre em Linguística pela Universidade Federal do Espírito Santo e professora de língua portuguesa.
Acadêmica da Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas e Trovadores.
Nascida em Vitória, ES, com participação em concursos literários com Medalha de bronze e Antologias com prêmio de edição se destaque especial.
Antologias organizadas pelos professores acadêmicos Francisco Aurélio Ribeiro - “Mulheres na Literatura” e Marilusse Pestana Daher — “Floradas de Ipê”.
Em 2029 lançou o livro “Elas”, uma mescla de sentimentos e voz humana.
Contato: Rus Maria Eleonora Pereira - 505 - ap. 305 - Jardim da Penha s- Vitória - ES.
E-mail: ritadecassiasmgmail.com Celular: 279-984 23933.
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POETAS E ESCRITORES BRASILEIROS. Antologia. Clério José Borges (Org.) Vitória, Espírito Santo. Editora Canela Verde, ACLAPTCTC, 2020. 290 p. ilus.
ISBN 978-65-991059-9-0-6 No. 10 898
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda
PENEDO, PEDRA ENCANTADA
Pedra imponente e sagrada,
ilustra a Avenida Beira-Mar.
Uma obra de arte cultuada,
plena para se admirar.
Quando a lua agradecida,
vem lentamente brilhar,
fica toda embevecida
por poder se destacar.
O mar em volta dela
vai e vem a marolar,
hidratando a pele bela
para não vir a ressecar.
Pedra que nasceu no mar,
dele fez sua morada.
Admiradores? nem dá pra contar
e até melhor ficar calada.
Dentro da pedra moram,
bruxas, fadas, do bem, do mal.
Duendes e sereias comemoram
por morarem nesse local.
Quem tem algum desejo
escreva logo o seu pedidos.
Jogue no mar com todo ensejo
e logo, logo será atendido.
A noite, quando dorme a cidade,
surgem das águas, sereias,
Recolhendo pedidos com habilidade,
formando uma grande teia.
Tear de sonhos arrumado
espalhados no interior do “Castelo”
escolhem os pedidos encantados
E que pareçam mais belos.
Havia um menino pensador
Que pequeno já dizia:
Quero uma fazenda com bichos, por favor!
Para brincar como em sonho já fazia.
Sua mãe para agradar
Escrevia o sonho do menino
Como se fosse para acalentar
O desejo do seu pequenino.
Ele jogava sempre com habilidade
Pedidos e sonhos em pleno mar
Esperando com feliz ansiedade
Uma bela fazenda ganha
Cresceu, cresceu menino
Virou um belo rapaz
Sou sonho de pequenino,
Ficou dormindo lá trás.
Pensa hoje ensimesmado
Se o Penedo o esqueceu,
Se por sua mãe foi enganado
Ou se no tempo a fazenda se perdeu.
CON(VENTO)
Moro na terra do com(vento)
bela imagem sobre a pedra.
Às vezes branca
as vezes iluminada de rosa,
saudando outubro,
atraindo nosso olhar
sempre para o alto.
No alto o vento zuni
revolucionando cabelos e reflexões,
ventando nos pensamentos e orações,
levando nossos pedidos
de filhos desejosos
para a bela imagem
sobre a pedra.
Sobre a pedra é ventania.
É vento de paz!
Com o vento vem a energia
que gera vida, gera força.
Sou da terra forte do vento que zuni.
Onde o Espirito Santo nos embala
nas águas que nos rodeiam
com o (vento) que nos acolhe.
Bela arte sobre a pedra!
Montanha e água
guardeiam essa obra.
E entre ventos desvairados,
pensamentos e orações,
circulam e voam, e voam...
Vento, com(vento).
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REVISTA BEIJA-FLOR - Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores. Edição 03 - ano 1 - Julho de 2025. 24 p. No. 10 420 ISSN 9 786501 366654
No. 10 420 Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda
Inver(ção)
Adoro um amor inventado. Adoro inventar personagens em
envolventes histórias de amor, daquelas “felizes para sempre”.
Sempre, sempre!
Outro dia inventei que estava apaixonada. Olhares que não
cansam nunca de olhar. Aquele olhar todos os dias, acordar e
ficar suspirando aquela sensação gostosa de viver.
Ele? Não sei descrever. Só lembro do olhar profundo, do sorriso
maroto, garoto, da palavra certa, do toque de mão,
da emoção do amor aos 15 anos.
Outro dia inventei que estava apaixonada. Adoro amor inventado.
Inventei, e vi um céu estrelado,
vi a chuva caindo de mansinho,
vi o sol chegando,
vi um cavalo branco elegantemente trotando, sobre um chão todo
salpicado de pétalas vermelhas.
Vi até estrelas despencando do céu. Quanta invenção!
Acredita que no meio de toda essa invenção, vi você e inventei
que estava apaixonada?
Adoro um amor inventado.
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Página ampliada em novembro de 2025.
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Página publicada em outubro de 2025
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